quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Os quereres

Quisera beijar tudo que me alegra
e amar cada gota da minha felicidade
petrificar a lágrima do esquecimento
e ser livre na necessidade de continuar

quisera ser mera comédia escrita
a quatro mãos
e caminhar passo a passo sem espera

quisera esquecer o futuro e amar o passado
como desdita de quem parte
mas viver dia a dia é suficiente
não ser alegre nem triste
apenas poeta

quisera manter-se com a alma jovem
que sonha a alegria da busca infinda
e arranhar o corpo languido nas pedras
da procura

quisera acordar e ser milhões
e sorrir em busca da esperança

quisera
quisera

saudades

Saudade não é desejo
saudade é espaço
preenchido no passado

e de tão completo que ficou
que nada substitui a dor
de contemplar o medo de voltar

depois das histórias vividas
saudade passa a ser distancia
efêmera que não se toca com as mãos
mas que se sente com o coração

saudade é espaço
preenchido no passado
e que a alma insana
não por desejo de voltas
mas por nostalgia
revive sem desejo da volta

saudade machuca
mas retorna o espirito cativo
da vida vivida com intensidade
de um poeta que espera
a utopia do horizonte
do ontem

saudade tem nome
tem sobrenomes que esconde
o segredo da felicidade vitalicia
de ter passado
e uma janela
na volta da lembrança
do amor de uma amizade
que superou o nexo
do plexo  e do complexo
binal de ser homem e mulher

saudade é espaço
preenchido no passado.

idilio

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Rosa Flor de Oliveira


Teu sorriso morto
e esse corpo de menina flor
e o prazer que escondes atrás do vestido

a flor que exala desejo
e o beija flor atrevido
relembra teu grito atrevido
anjo do gosto da lira da tarde

teu sorriso morto
e esse gosto de menina flor
e o prazer que explode
atrás da língua

a flor que embalas
entre as tardes e lírios
e o beijo na orquídea pequenina
relembra o mínimo infinito

Rosa flor de oliveira