sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

desaviso

E se eu disser que te amei
acreditarias em minhas lembranças?
se não busquei a eternidade do nosso vislumbre
vaguei em solilóquio doloroso

mas eis que tu vagueias em mim
como querobim desavisado

sigo amando teu espento
de não te ter por descanso

e se eu disser que sigo
e é  reflexivo o meu desaviso

e amando e amando
por vezes te escuto em verde e rosa
me querendo tanto

Parou naquela estação
o prazer que explodia
a nossa emoção

conta-me a tua vida
por agora
tua filha que chora
quando escapa teu seio
e das horas que cantas
e encantas  o beijo de agora
do espaço molhado
entre o céu e o teu laço
da tua nova esperança
da tranca quando tranças
a porta atras de ti

idilio

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

lusa-fusca

Dirias
idílio
e nada respoderias além do eco em mim

tudo é tão átimo
e nem represento que hoje
é o ágora
se meus olhos fecham
e nem sei se o presente é o que se quis

Dirias
Deus
e nada responderias
além do desejo de vive-Lo
é fusca a lusa da minha viagem

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

o ano que morreu


Meu bem

Tudo de repente sumiu

E olha que nem é primeiro de abril

Mas esse teu olhar no meu

Foi teu desejo

E não seu

Meu bem

Hoje o ano sumiu

E olha que nem assim

Você ressurgiu

Mas o meu pensamento

No teu

Foi desejo meu

E não teu

Meu bem

Leia

teu passado no meu

e olha que nem sou teu

nem eu

sou assim

como o ano que morreu

meu bem

 

 

 

cicatrizes

meu corpo de guerreira
esculpido pelas cicatrizes de guerras
expostas em mim

minha pela derrama o suor
das conquistas
e cada vitória
será sempre um novo
recomeço

e nessa lusa-fusca
que ofusca as dores da batalha
ah! ilusória natureza
que cegao gesto
de recusar-se a ver
que a vida não é conquista
é recepiente vazio
mas que tragicamente sublime

o que torna majestosa
a beleza frágil
do viver

a janela dos mortos

Triste espaço no compasso a dois
os corpos são frêmitos da desordem
e as almas desfrutam caminhos opostos

conviver conspira o desmando da maldade
lados e espaços vazios
átomos que nem por um átimo
sustentam as janelas dos mortos

insegura
a dura certeza da despedida
que por desnuda
despe a vida em dois

triste a conspiração da maldade
que por ser pública
torna impudica
o amor