quarta-feira, 8 de setembro de 2010

sozinho

quantas vidas tenho que viver para restaurar um momento que perdi ou que desfiz para entender a minha solidão de mim
quantos sonhos tenho que viver para perder o medo de acordar sozinho e misturar as paredes do quarto dentro de mim
quantas lágrimas meu corpo padece para sorrir da desventura da espera e cantar um novo crepúsculo
entre o fim e um começo
porque oh! Deus dos justos, o meu amor não me espera mais à porta e anela a destra em minha pele como os amantes
que punição inerte embrenha a minha alma em angústia e espera
porque me fizestes poeta e não cético
como entender do amor que tive e quedar esquecido em um canto qualquer
sem referencial ou espera
quantas vidas tenho que chorar a ignorancia da minha dor
e porque sinto dor quando poderias me fazer esquecido
onde foi que errei na minha escolha
se é que tive o livre arbítrio dos caminhos
se é que deixei em alguma esquina o menino
se é que acordei na minha volta

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