segunda-feira, 13 de setembro de 2010

mãe

a instabilidade do viver
traz em si o germe da imperfeição
que sou

como poderia esquecer-te
ou lembrar-te dia a dia
se estais em mim
se eras tão pouco
e me ensinastes o mundo

agora quem és
se não estais aqui
e apontas teu colo
tão frágil
tão perto do fim

como esquecer-te
ou aconchegar-me em ti
se meu peito não deita
se tuas mãos se perderam
e não estais mais aqui

dirias
afagando minha pele...
não lamentes a partida
pois filho quem não ficou órfão
um dia
do afeto que o consumiu

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