quarta-feira, 29 de setembro de 2010

extase

Viajando na magia de um

Plácido respirar

Embora irracional para as mentes

Sublunares

Infinitesimalmente um longo respirar

O dia é eterno e o tempo em átimo

Um olhar em direção ao infinito

E que temo no tempo é ficar esquecido

E adentrar num sonho trágico

Não é o saber da ciência, que se libra

Acima das nuvens, e alteia o vôo soberbo

Além das regiões siderais, até os páramos

Indevassáveis do infinito

Não, e sim um lábio que pede e se permite

Um mergulho nas entranhas de um corpo

Pelo céu de uma boca nua

É o gemido contido de um coração

Que explode os mais sãos

Desvarios da inveja e da loucura

O que direis, que seja eterno ou que dure

O tempo certo de um dia

O único dia que se vive, em que se vive

Mas o que importa é que dê começo

Amenizando a tutela perpétua dos que não escolhem

Com receios da volta

Não é sonho, bem sinto eu,

Nas pulsações do sangue essa ressurreição ansiada,

Oxalá, não me fechem as portas

A porta torta que direciona os amantes

Para o universo do encanto e da dor

Viajei na magia daquele plácido respirar

Daquele choro contido, daquele cheiro de amor

Que escorria entre os dedos

Entre o lábio e o peito nu

Entre o sentimento  de um olhar na porta morta... Idílio

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