Viajando na magia de um
Plácido respirar
Embora irracional para as mentes
Sublunares
Infinitesimalmente um longo respirar
O dia é eterno e o tempo em átimo
Um olhar em direção ao infinito
E que temo no tempo é ficar esquecido
E adentrar num sonho trágico
Não é o saber da ciência, que se libra
Acima das nuvens, e alteia o vôo soberbo
Além das regiões siderais, até os páramos
Indevassáveis do infinito
Não, e sim um lábio que pede e se permite
Um mergulho nas entranhas de um corpo
Pelo céu de uma boca nua
É o gemido contido de um coração
Que explode os mais sãos
Desvarios da inveja e da loucura
O que direis, que seja eterno ou que dure
O tempo certo de um dia
O único dia que se vive, em que se vive
Mas o que importa é que dê começo
Amenizando a tutela perpétua dos que não escolhem
Com receios da volta
Não é sonho, bem sinto eu,
Nas pulsações do sangue essa ressurreição ansiada,
Oxalá, não me fechem as portas
A porta torta que direciona os amantes
Para o universo do encanto e da dor
Viajei na magia daquele plácido respirar
Daquele choro contido, daquele cheiro de amor
Que escorria entre os dedos
Entre o lábio e o peito nu
Entre o sentimento de um olhar na porta morta... Idílio
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