terça-feira, 14 de setembro de 2010

doutrinação uma abordagem empírica e psicológica

A  doutrinação na prática – Uma abordagem empírica e psicológica.

 

 Adentro a câmara de desobsessão ainda buscando uma concentração perfeita para os trabalhos, algo de imediatismo ou higienização da mente.

                Encontro na penumbra como um ocaso, um fim e um começo, matpéria e espírito, uma mistura perfeita. Fecho os olhos da matéria e vislumbro um mundo diáfano, que não se fixa, mas que é real.

                Em minha frente e diante dos meus olhos  cegos, desfila o mundo e da voz ululante do médium, filtra-me do ser invisível palavras perdidas de um ser iludido, também cego pois não vê ( ou não quer ver) o seu mundo.

                 A morte é real, mas o que move é algo sem sentidos, eis que somos eternos viajantes do mundo.

                - O que faço aqui?

                A voz corta o silêncio letárgico que se instalou em um átimo.

                - O que você quer de mim?

                Outra vez se busca respostas, quando não mais existem dúvidas.

                -Aqui não encontro o que eu gosto, músicas, dança, alegria.

                Eis a fuga derradeira de uma ilusão.

                -Eu preciso me divertir  enquanto sou jovem e bela.

                Aqui  se inicia a doutrinação, o esclarecimento, o diálogo psicológico.

                O doutrinador observa e recebe a informação intuitiva. O seu corpo perispiritual está disforme.

                A entidade espiritual minudencia através do médium:

                - Os meus trajes não foram observados por você. O meu jeito e o meu desejo não são imantados em você. Eu gosto de desviar lares, de conquistar.

                O doutrinador não vulgariza o seu verbo e com a alma cheia de afeto relata a necessidade de se olhar para si  e ver a mudança no corpo perispiritual e o apelo necessário para o retorno à responsabilidade na conduta.

                O excesso de luz fere a Iris e torna a alma patológica. A falta de regras torna o espírito errante na infinita linha do tempo.

                O corpo perispiritual absorve miasmas de ações desregradas e degenera e adoece, causando sofrimento ao espírito que o verte.

                A irmã envolta em desatinos  por ignorância à lei do amor e por excessos maculou o santuário do espírito e compreendendo tal situação deve retornar à retidão de conduta.

                Neste momento aproxima-se o pai amado daquele ser em decomposição moral e a força do amor regurgita o espírito celene.

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