A doutrinação na prática – Uma abordagem empírica e psicológica.
Adentro a câmara de desobsessão ainda buscando uma concentração perfeita para os trabalhos, algo de imediatismo ou higienização da mente.
Encontro na penumbra como um ocaso, um fim e um começo, matpéria e espírito, uma mistura perfeita. Fecho os olhos da matéria e vislumbro um mundo diáfano, que não se fixa, mas que é real.
Em minha frente e diante dos meus olhos cegos, desfila o mundo e da voz ululante do médium, filtra-me do ser invisível palavras perdidas de um ser iludido, também cego pois não vê ( ou não quer ver) o seu mundo.
A morte é real, mas o que move é algo sem sentidos, eis que somos eternos viajantes do mundo.
- O que faço aqui?
A voz corta o silêncio letárgico que se instalou em um átimo.
- O que você quer de mim?
Outra vez se busca respostas, quando não mais existem dúvidas.
-Aqui não encontro o que eu gosto, músicas, dança, alegria.
Eis a fuga derradeira de uma ilusão.
-Eu preciso me divertir enquanto sou jovem e bela.
Aqui se inicia a doutrinação, o esclarecimento, o diálogo psicológico.
O doutrinador observa e recebe a informação intuitiva. O seu corpo perispiritual está disforme.
A entidade espiritual minudencia através do médium:
- Os meus trajes não foram observados por você. O meu jeito e o meu desejo não são imantados em você. Eu gosto de desviar lares, de conquistar.
O doutrinador não vulgariza o seu verbo e com a alma cheia de afeto relata a necessidade de se olhar para si e ver a mudança no corpo perispiritual e o apelo necessário para o retorno à responsabilidade na conduta.
O excesso de luz fere a Iris e torna a alma patológica. A falta de regras torna o espírito errante na infinita linha do tempo.
O corpo perispiritual absorve miasmas de ações desregradas e degenera e adoece, causando sofrimento ao espírito que o verte.
A irmã envolta em desatinos por ignorância à lei do amor e por excessos maculou o santuário do espírito e compreendendo tal situação deve retornar à retidão de conduta.
Neste momento aproxima-se o pai amado daquele ser em decomposição moral e a força do amor regurgita o espírito celene.
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